A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: Ostentação: um valor do século XXI? Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O funk ostentação é um ritmo que virou estilo de vida na periferia das grandes cidades e está fazendo muitos empresários sonharem alto. O estilo de música é cercado de luxo. Três empresários de São Paulo perceberam rápido o potencial desse mercado: Jeferson Santos de Souza tem uma confecção, Diego Fejão, uma joalheria, e Eduardo Muller é dono de uma barbearia. Todos miram o mesmo consumidor: quase 11 milhões de brasileiros que ouvem funk. A demanda é alta e a concorrência, pequena. “Funk ostentação é ostentar coisas, artigos de luxo, carros, mulheres, dinheiro, joias”, diz.
“Esse público tem necessidade de gastar. Mas tem mais necessidade de falar, de mostrar: eu investi tanto no meu cabelo, tanto na minha roupa, tanto no meu relógio, eles têm essa ostentação na veia”.
TEXTO II
A devoção ao consumo de marcas caras e/ou de luxo entre grupos das camadas mais baixas não é um fenômeno novo, tampouco restrito ao Brasil. Com nuanças locais e nacionais, trata-se de um fato estrutural à condição periférica na modernidade.
Segundo Lemos , as periferias vêm se apropriando cada vez mais do “chic” e que isso se potencializa e torna-se mais visível graças à internet. O fenômeno está em vários lugares do mundo, como na Inglaterra, onde existe a turma dos “chavs”, também conhecidos como grupos da periferia de Londres, que adotaram a caríssima marca Burberry como sua preferida. Ficou comum ver “chavs”, muitos deles desempregados, andando pelas ruas de Londres com blusões da Burberry.
Conforme declarou na televisão o rapper Emicida “é um direito nosso cantar a felicidade. A sociedade ostenta, via propaganda, novela; mas quando a favela faz, acha que a favela é que criou o consumismo”.Esse conjunto de práticas que compõem a cosmologia juvenil – do rolezinho ao funk – é uma expressão cultural que emblematicamente produz rituais de dispêndio, combinando elementos do capitalismo global e elementos da cultura local.
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