Neste artigo vamos abordar, de uma só vez uma questão de concordância e outra de regência, que aparecem (ou deveriam aparecer) entrelaçadas na vida cotidiana.
Vejamos esta música (já velhinha) do Rei (antonomásia para Roberto Carlos: (…) Por isso eu digo:Iniciemos pelo caso de concordância do termo empregado no agradecimento: “obrigado“. Etimologicamente, essa palavra é o particípio do verbo obrigar (tem relação com obrigação – quem recebe um favor, fica na obrigação de retribuir; há um trecho de palestra de um professor lusitano em que este apresenta uma explicação muito profunda do termo e do gesto . Sendo o particípio uma forma nominal, ele apresenta flexão de gênero e número. Assim, Roberto Carlos, falando por ele mesmo, diz, na música, obrigado. Se ele agradecesse por ele e pelo parceiro de composição, ou se um coral misto cantasse, seria obrigados (dois elementos masculinos, Roberto e Erasmo ou pessoas de gêneros diferentes juntas). Se uma cantora apresentasse sua versão, cantaria obrigada e obrigadas, se fossem duas ou mais mulheres. Não devemos nos esquecer de que esse termo concorda com quem agradece! E falando em agradecer, passemos à questão de regência ligada a esse verbo. A regência verbal, como já dissemos, é a relação do verbo com seus complementos, que pode precisar ou não ser mediada por uma preposição. No caso específico de perdoar e agradecer, que são VTDI, a gramática normativa determina que o objeto direto seja a coisa e o objeto indireto seja a pessoa. Assim devemos perdoar/agradecer algo a alguém:
(…) Perdoai as nossas ofensas (OD) assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido (OI, na verdade uma oração subordinada substantiva objetiva indireta) |
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9 de outubro de 2017
PERDOAR - AGRADECER
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