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13 de abril de 2010

Modelo de texto- lembram? Ler para tê-lo como parâmetro

Observem o título e o contexto que se relaciona com ele.
Can't buy me love...
Era com esse refrão absolutamente anticapitalista - "não pode me comprar, amor" - que, em meados da década de 60, os Beatles conquistaram milhões de fãs ao redor do mundo e levaram a sociedade a uma reflexão: Será que não estou me vendendo? Não estaríamos, involuntariamente, trocando os simples prazeres do cotidiano por devaneios milionários?
Nos dias de hoje, embora tenhamos celulares com câmeras digitais que reproduzem MP3, televisores de tela plasma no centro de nossas salas de estar e carros com monitoramento GPS em nossas garagens, o contingente de pessoas que sofrem de depressão aumenta a cada ano, segundo pesquisas. Parece que a home-theater e o computador de última geração que compramos já não satisfazem mais nossas necessidades. E o pior é que mimar nossos filhos com todas as quinquilharias high tech imagináveis adquiriu status maior do que lhes dar um beijo de boa-noite ou lhes dizer um sincero "eu te amo."
Pode parecer simplório, ou até mesmo piegas demais declarar isso diante do mundo feroz em que vivemos, mas, às vezes, podemos descobrir os melhores momentos da vida nos atos aparentemente mais comuns: assistir ao sol nascer, tomar um suco refrescante em um dia ensolarado de verão, ou uma xícara de chocolate quente no inverno, jogar conversa fora com os amigos, dar uma caminhada, andar de bicicleta. Rir, sonhar, brincar, cantar, abraçar, beijar, gritar, consolar, ajudar, chorar, emprestar, acompanhar, conviver, enfim, todos esses são verbos que, inseridos em nosso dia a dia, dão um sabor todo especial a nossa vida. E é um sabor que nem mesmo o micro-ondas mais avançado tecnologicamente pode reproduzir.
Quem sabe haja algo errado em nosso modo de pensar e tenhamos invertido os valores. Talvez hoje, em pleno século XXI, seja hora de voltarmos ao passado e nos questionarmos novamente se toda essa tecnologia, essa inovação que abarrota prateleiras com eletroeletrônicos por vezes não é inútil e desnecessária. Talvez seja hora de repensarmos se o "ser" não é mais vantajoso, importante e proporciona mais felicidade que o "ter". Os quatro rapazes de Liverpool já nos alertaram disso há muito tempo.
Tema dessa redação: para você, qual estilo oferece mais qualidade de vida: o da simplicidade ou o da explosão tecnológica?

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