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1 de novembro de 2014

Tema de redação

Violência escolar: expor o problema e sugerir sugestões

A violência na escola não é um problema novo, mas tem se agravado com o passar do tempo. Colabora para aumentá-la e difundi-la o próprio avanço da tecnologia e dos meios de comunicação - como a internet e as redes sociais. Publicar brigas entre alunos no YouTube, por exemplo, tornou-se uma prática corriqueira, como não é difícil conferir. Desse modo, é provável que, em maior ou menor escala, todos os estudantes já tenham presenciado ou ouvido falar de um caso do gênero. Por isso, queremos ouvir a voz do estudante: você já presenciou ou viveu um episódio de violência escolar? Leu algo a respeito ou viu na internet? Exponha o que você viu, leu ou o que lhe aconteceu. Depois, procure explicar as causas do problema, relacionando o caso particular que você relatou com o problema de um modo em geral - veja a opinião dos especialistas na coletânea. Em seguida, apresente uma sugestão: do seu ponto de vista, o que pode ser feito para prevenir o problema da violência na escola?
  • Gilberto Farias/Gazeta de Alagoas
    Alunos da Escola Estadual Geraldo Melo, em Maceió, são revistados antes do início das aulas por policiais militares. A medida foi adotada após reunião entre pais, professores, direção e conselho tutelar.

Um caso recente

Um garoto de 10 anos foi agredido com chutes e socos por um grupo de alunos da Escola Municipal Denilton Alencar, localizada na cidade de Gibués (a 817km de Teresina), por usar óculos. As agressões ocorreram na última quarta-feira (22) e foram filmadas por uma estudante que viu a cena ao sair da escola.
Ferido, o menino teve convulsões ao chegar em casa e foi socorrido pela família para o posto de saúde de Gibués. Como estava desacordado, foi transferido para o Hospital Regional Manoel de Sousa, no município de Bom Jesus (a 210km de Gibués). Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Gibués no fim da manhã desta terça-feira.

Um velho problema

O fenômeno da violência no cenário escolar é mais antigo do que se pensa. Prova disso é o fato de ele ser tema de estudo nos Estados Unidos desde a década de 1950. Porém, com o passar do tempo, ele foi ganhando traços mais graves e transformando-se em um problema social realmente preocupante. Hoje, relaciona-se com a disseminação do uso de drogas, o movimento de formação de gangues – eventualmente ligadas ao narcotráfico – e com a facilidade de portar armas, inclusive as de fogo. Tudo isso tendo como pano de fundo o fato de que as escolas perderam o vínculo com a comunidade e acabaram incorporadas à violência cotidiana do espaço urbano. Enfim, deixaram de ser o porto seguro para os jovens estudantes.
[Artigo O bê-á-bá da intolerância e da discriminaçãoUnicef Brasil]

Exacerbação da masculinidade

Trecho de entrevista com Miriam Abramovay, coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e coordenadora de pesquisas da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura)
A ciberviolência e a divulgação de vídeos de violência na internet aumentaram a sensação de violência?
Eu acho que é uma questão muito importante e a escola não tem as ferramentas mínimas para poder prevenir esse tipo de violência. A escola é muito centrada em si mesma, no que pensam os adultos. Em segundo lugar, ela não sabe o que acontece na vida desse jovem. Colocar uma coisa na internet é uma forma de exibicionismo e nós vivemos numa sociedade do espetáculo. Isso tem um valor muito grande, principalmente para o jovem.
O que motivam os atos de violência na escola hoje em dia?
Brigar, eles sempre brigaram, isso sempre aconteceu. Mas eu acho que estamos vivendo um fenômeno de exacerbação da maculinidade e da cultura da violência. Aparece aquele que é mais violento, que sabe brigar melhor. Eu digo masculinidade, mas é para garotos e garotas. Aí também entra o uso das armas, porque a arma é símbolo de força e de poder.

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 25 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um título à sua redação.

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