O passo a passo para uma redação nota 10
A maior parte das segunda fases dos vestibulares está por vir e com elas, as provas de redação. Tão temida por alguns alunos, esta prova exige leitura, conhecimento, vocabulário e boas ideias. Porém, mesmo combinados, estes ingredientes não garantem um dez na hora da correção. Conhecer “o esqueleto” de uma dissertação é essencial para que se faça textos completos, estruturados, gostosos de se ler e criativos. Não existe fórmula para compor uma boa redação, é verdade; mas com com a nossa explicação sobre cada parte da redação e algumas dicas, é possível que você melhore (e muito) a sua média! É tudo uma questão de: planejamento.
A estruturaGeralmente, a redação no vestibular é uma dissertação, ou seja, uma análise de uma ideia ou fato. O texto precisa ser objetivo, lógico, expositivo (quando se trata de um fato) ou argumentativo (quando se trata de ideias). É preciso ter início, meio e fim? Sim, sim e sim! Porém, num texto dissertativo nomeamos estas etapas como introdução, desenvolvimento e conclusão. Por isso é preciso que a redação tenha, no mínimo, três parágrafos – mas, o desenvolvimento, geralmente, se desdobra em dois ou três parágrafos. Cada um deles, composto por, no mínimo, dois períodos. É bacana fazer um planejamento do número de linhas, como esse exemplo:
1. Introdução (4 a 6 linhas) – Tema + 2 argumentos, um em cada parágrafo;
2. Desenvolvimento do 1º parágrafo (8 a 9 linhas) – Desenvolvimento do 1º argumento;
3. Desenvolvimento do 2º parágrafo (8 a 9 linhas) – Desenvolvimento do 2º argumento;
4. Conclusão (4 a 6 linhas).
Claro, há que se levar em consideração o número de linhas pedido pela prova para escrever a sua redação neste modelo, verdade. Entretanto, ele pode ser utilizado para qualquer dissertação: garante a organização e a coerência da estrutura da redação.
A introduçãoÉ aqui que você deve apresentar o tema que será discutido ao longo da dissertação. O ideal é que isso seja feito de maneira breve, de preferência em dois ou três períodos curtos. O importante é observar que cada argumento presente no parágrafo introdutório aumenta um parágrafo de desenvolvimento, ok? Numa boa introdução, é necessário que você escreva sobre:
– O tema da redação;
– As partes em que o tema foi dividido, na ordem em que vão ocorrer no desenvolvimento;
– Somente argumentos que serão desenvolvidos (do contrário, pode “empobrecer” o seu texto, cuidado!)
– As partes em que o tema foi dividido, na ordem em que vão ocorrer no desenvolvimento;
– Somente argumentos que serão desenvolvidos (do contrário, pode “empobrecer” o seu texto, cuidado!)
Tenha muita cautela ao iniciar falando de coisas que não se referem diretamente ao assunto, como “Este é um tema muito complexo.” ou “Há poucos livros que sejam realmente práticos.” Evite ser prolixo: vá direto ao assunto. A introdução deve conter apenas dados realmente ligados ao tema proposto. Informações adicionais, além de desviar o leitor, podem o confundir. Fugir do oposto também é uma boa rota, ou seja, não seja objetivo demais e omita informações necessárias para a compreensão do que virá a seguir.
Dica válida e importante: Alguns professores indicam que se deixe para escrever a introdução após desenvolver o texto, pois as ideias já estarão mais expostas e isso facilitará colocá-las como tema e as suas partes. Você pode tentar fazer alguns rascunhos desta maneira para ver como se sai. Talvez seja a forma perfeita para organizar suas ideias. Caso não funcione deste modo, vale voltar para o formato linear, com introdução, desenvolvimento e conclusão. Não tenha medo de se aventurar!
O desenvolvimentoAqui, há diversas formas de desenhar o que será escrito. O mais interessante é dividir o primeiro parágrafo em três tipos de frases: frase essencial, frase principal e auxiliar. A principal desenvolve diretamente a frase essencial (que deve ser a primeira do parágrafo, vale lembrar) e acrescenta algo sobre ela. A auxiliar ajuda a desenvolver tanto a frase principal como a essencial. Feito isso, você pode passar a desenvolver suas ideias. Chega a hora do texto em que você fica livre para citar exemplos – além de se mostrar próximo ao tema, o torna mais concreto e atraente. Pode ser tanto algo que diz respeito à sua história pessoal como uma situação que viu ou vivenciou por aí.
Deve haver um cuidado especial quanto ao entrelaçamento dos parágrafos. A ordem lógica não é suficiente dentro de um parágrafo; o escritor deve buscar também a logicidade entre eles. A relação de uma frase com a outra, de um parágrafo com outro; é necessário que ela fique clara ao leitor, certo?
A conclusãoÉ aqui que muitos estudantes travam. A conclusão, que deveria ser a parte mais fácil, acaba se mostrando uma grande cilada. Quantas e quantas vezes escrevemos belas introduções e ótimos desenvolvimentos, porém, ficamos sem saber como finalizar o texto com um impacto positivo? Muitos escritores pensam que concluir é colocar uma frase de efeito que denote o fim, ou, reforce tudo que já foi dito. É aí que eles se enganam. Na conclusão, você deve acrescentar algo ao invés de repetir um argumento já utilizado. Nada de se desculpar por não saber muito sobre o tema ou ter lido pouco!
Se a conclusão deve ter uma frase de encerramento, que frase é essa? Uma conclusão da conclusão. Sim, isso mesmo: pode conter uma mensagem de otimismo, uma advertência, uma referência ao título, uma citação. Um recurso legal que muitos utilizam é resgatar algo que foi dito na introdução,apresentar uma solução, brincar com os argumentos, sempre deixando claro o seu posicionamento ou ideia. Sem drama, você estará livre e poderá respirar aliviado ao entregar a folha preenchida, bem estruturada, dentro do tempo previsto. Boa sorte!
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