Nova proposta de redação: Vida urbana no século XXI
Veja abaixo as instruções do tema
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Vida urbana no século XXI: A cidade é para todos?, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Chama-se gentrificação (do inglês gentrification) o fenômeno que afeta uma região ou bairro pela alteração das dinâmicas da composição do local, tal como novos pontos comerciais ou construção de novos edifícios, valorizando a região e afetando a população de baixa renda local. Tal valorização é seguida de um aumento de custos de bens e serviços, dificultando a permanência de antigos moradores de renda insuficiente para sua manutenção no local cuja realidade foi alterada.
TEXTO II
Sempre cabe mais um: de onde vem tanta gente?
Segundo dados da ONU, hoje a migração de áreas rurais responde por apenas 25% do crescimento das cidades. A maioria das pessoas que vai para uma metrópole já morava em áreas urbanas – nas quais, devido ao subdesenvolvimento econômico, não encontrava boas oportunidades de vida. É o caso dos bolivianos que vendem frutas em Buenos Aires, ou dos filipinos que tentam a vida em Tel-Aviv. Em Lagos, na Nigéria, foi o boom do petróleo que fomentou a explosão demográfica. E a indiana Hyderabad atrai 200 mil pessoas por ano com suas empresas de alta tecnologia – tanto que já é conhecida como “Cyberabad”. Os novos habitantes das metrópoles não são gente caipira. Muito pelo contrário.
Outra coisa: as altas taxas de natalidade, e não a migração, são as principais responsáveis pelo crescimento urbano.
TEXTO III
A prefeitura de Paris publicou um plano governamental radical para deter o processo de gentrificação pelo qual passam os bairros centrais da capital francesa: através de um comunicado oficial, o governo regional anunciou uma lista de 257 endereços – 8.021 apartamentos – onde a prefeitura terá o direito de impedir a venda dos imóveis com a finalidade de convertê-los em moradias subsidiadas.
O apartamento será vendido pelo preço de mercado. No entanto, o preço oferecido seria decidido pela prefeitura, e não pelo vendedor. Se o proprietário recusar a oferta, pode apelar a um juiz independente e pedir nova oferta ou tirar a propriedade do mercado. O que o proprietário não pode fazer é vender o apartamento a um terceiro sem antes oferecê-lo à prefeitura.
Ian Brossat, funcionário da prefeitura de Paris, justifica a medida:
“Optar por diversidade e solidariedade, contra a exclusão, o determinismo social e a lógica centrífuga do mercado (imobiliário). Também ajuda a reduzir as desigualdades entre o leste e o oeste de Paris. Em particular, onde o desenvolvimento da oferta social é insuficiente.”
TEXTO IV
Nenhum comentário:
Postar um comentário