Em janeiro, duas importantes cidades brasileiras fazem aniversário. Por ocasião da comemoração do aniversário da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, lembrei-me de algumas músicas que a homenageiam e que apresentam alguns adjetivos gentílicos (ou adjetivos pátrios), isto é, adjetivos que indicam origem ou nacionalidade. Vamos observá-las:
O grupo Premeditando o Breque, ou simplesmente Premê, é conhecido pela sua irreverência na criação das letras, recheadas de críticas bem-humoradas. Na canção São Paulo, São Paulo, uma paródia da famosa New York, New York, a diversidade dos moradores e a marcante característica cosmopolita da metrópole é descrita por meio dos gentílicos japonesa, nordestina, ianque1.
Já Fernanda Abreu e o grupo Haikaiss usam dois termos diferentes para se referir a quem é natural de São Paulo – paulista e paulistano:
E existe diferença entre as duas palavras? Bem, existe sim! Vamos denominar paulistano quem nasce na cidade de São Paulo e será chamado paulista quem nasceu no estado de São Paulo. Dessa forma quem nasce na cidade de São Paulo é paulistano E paulista e quem é natural, por exemplo, do município de Salto-SP é saltense E paulista.
E dias antes do aniversário de Sampa, no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, também me ocorreram algumas ideias musicais ligadas ao emprego desses adjetivos. Vou fugir do clássico “Ela é carioca”, de Tom Jobim, para apresentar uma música da Adriana Calcanhoto:
Também para o Rio de Janeiro há dois gentílicos. O mais conhecido, carioca, aparece na canção acima e em muitas outras, mas é específico para denominar quem é natural da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado. O termo não tem origem clara, mas uma das explicações aceitas é que seja originário do tupi.
No período da colonização, os índios que habitavam a região da Baía de Guanabara teriam apelidado os portugueses de akari (cascudo, uma espécie de peixe,) porque as armaduras dos portugueses se assemelhavam às placas que revestem esse peixe. Esses portugueses que se estabeleceram na região teriam construído, onde hoje é a Praia do Flamengo, uma casa de pedra. Daí surgiu a expressão akari oka, “casa de homem branco”.
Já o termo fluminense, que aparece substantivado na música abaixo, da incrível dupla Caju&Castanha, é mais abrangente:
O adjetivo fluminense caracteriza quem é natural do estado do Rio de Janeiro e é proveniente do termo flumen, que em latim significa “rio”. Em tempo, os portugueses acharam que a Baía de Guanabara era a foz de um rio e a menção ao mês de janeiro tem a ver com a data da chegada de uma expedição à região, daí Rio de Janeiro.
Como esse assunto não se esgota e, vez ou outra, suscita dúvidas, seguem links com os adjetivos gentílicos oficiais do Brasil, para consulta:
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30 de janeiro de 2017
ADJETIVOS
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