Robôs versus humanos
Na fábrica da Philips, na costa chinesa, centenas de operários usam as mãos e ferramentas especializadas para montar barbeadores elétricos. Esse é o modo antigo de trabalhar.
Numa fábrica da mesma empresa em Drachten, na Holanda, 128 braços robóticos realizam o mesmo trabalho com flexibilidade digna de iogues*. Câmeras de vídeo os guiam para realizar façanhas que superam a capacidade do humano mais hábil que exista.
Trabalhando sem parar, um braço robótico forma três dobras perfeitas em dois fios conectores e os insere em furos tão pequenos que são quase invisíveis. Os braços trabalham tão rapidamente que precisam ficar fechados em gaiolas de vidro para que as pessoas que os supervisionam não se machuquem. E eles fazem tudo isso sem uma pausa para tomar um café, trabalhando três turnos por dia, 365 dias por ano.
A fábrica holandesa tem ao todo algumas dezenas de operários humanos por turno – mais ou menos um décimo do número visto na fábrica chinesa.
Isso é o futuro. Uma nova onda de robôs, muito mais sofisticados que os robôs já empregados hoje por montadoras de automóveis e por outros setores manufatureiros pesados, está substituindo trabalhadores humanos em todo o mundo.
Fábricas, como a da Holanda, formam um contraponto marcante com as fábricas e empresas gigantes de eletrônicos que empregam, em busca de baixo custo, centenas de milhares de operários pouco qualificados.
“Com estas máquinas, podemos produzir qualquer eletrônico de consumo do mundo”, disse Binne Visser, gerente da linha de montagem da Philips em Drachten.
*iogue: praticante de ioga
Fazendo uma reflexão sobre o atual mundo do trabalho, redija um texto dissertativo sobre o tema:
Adequação do perfil dos profissionais a um mercado de trabalho que vem sendo, gradualmente, ocupado por robôs.
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