O dito ‘cujo’ – como usar corretamente esse pronome relativo |Enem |
Para estabelecer a coesão entre as ideias podemos recorrer, entre outros elementos, aos pronomes relativos. E, dentre eles, aquele que mais suscita dúvidas quanto ao emprego adequado é o dito ‘cujo’. Esse não é um termo usado com frequência na língua falada, mas é imprescindível na escrita, por isso há necessidade de compreender sua função e utilização, para garantir o respeito à norma culta, nas situações formais.
Observemos o uso que Geraldo Vandré e Théo de Barros fizeram dessa palavra na música “Disparada”:
O pronome “cujo” só é utilizado quando se indica posse, ou seja, estabelecendo que algo pertence a alguém, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. No trecho da canção, os autores estabeleceram uma relação entre ‘boiada’ e ‘vaqueiro’: quem morreu foi o vaqueiro da boiada, isto é, a boiada tinha um vaqueiro (estabelecendo-se a ideia de posse).
Um dos equívocos comuns na utilização do ‘cujo’ é o acréscimo de artigo após o pronome. Como é um pronome variável, ou seja, apresente flexão, a concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo” e ele não precisa e não pode ser seguido de artigo definido. Ex:
Observemos a questão da concordância: o pronome está na forma de feminino singular para concordar com ‘diretora’.
Outro cuidado que deve ser observado tem relação com a regência. Se o verbo subsequente ao ‘cujo’ for regido por preposição, esta deve aparecer antes do pronome! Ex:
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário