O brasileiro acredita que tudo que é estrangeiro é melhor, inclusive a língua estrangeira, os produtos, a cultura. Na realidade, sentimento de inferioridade. Os ídolos dos brasileiros são de poucos brasileiros e de muitos estrangeiros. O brasileiro copia e imita tudo do estrangeiro. Claro que quase tudo que o brasileiro adora e imita é dos Estados Unidos.
Mas qual um cachorro vira-lata, que não confia em si e nem acredita que outro cachorro vira-lata pode ser um vencedor, o brasileiro só acredita em brasileiro rico e poderoso, e não em um seu igual. E este, por mais que faça, por mais que se destaque, será visto como um desacreditado, vira-lata e exposto ao ridículo na primeira oportunidade em que erre.
Essa postura aqui dentro tinha que refletir lá fora. A cultura americana, os hábitos, costumes, sua língua dominam o Brasil. Desde quando que nós temos na nossa cultura, na nossa tradição, o Dia das Bruxas? Isso é menosprezar a cultura brasileira que é atacada em todos os segmentos. As músicas tocadas nas rádios AM-FM, os vídeos musicais, na tevê, são 90% em inglês. A música brasileira é rica, bonita e pode embalar cada momento dos brasileiros. O cinema brasileiro. Ainda tem gente que diz que não vai ver filme quando este é brasileiro. A programação da tevê a cabo é 90% estrangeira. O nome das lojas de nosso comércio, nas vitrines. Tudo escrito em inglês. E, entre essas verdadeiras pérolas do absurdo, liquidação OFF. Eu mereço.
As propagandas, os comerciais, os lançamentos de condomínio, nas palestras, sempre termos em inglês. Para cima virou up. O que acontece desde o século passado dentro das escolas, e sempre foi e continua sendo combatido pelos pais, professores e direções responsáveis, agora é bullying. Estas situações não se resolvem colocando um termo em inglês. A língua portuguesa é riquíssima. O pior é que o comercial em inglês funciona, as pessoas acham bonito e compram. Tudo mudou. Até criança agora é referida como kids. Os gestos de apresentadoras de televisão e dos jovens e crianças imitam os americanos, lembram o gesto e o yes. As camisetas e bonés em inglês.
Eu vou ser otimista e dizer que só 75% dos brasileiros é que sofrem da síndrome do cachorro vira-lata. Eles estão em todas as categorias sociais e profissionais. Aliás, na imprensa escrita, falada e televisionada, 75% sofrem dessa síndrome. Eu estou nos 25% que não sofrem desta síndrome. E você?
Baseado no texto acima, numa redação entre 25 a 30 linhas, você vai dissertar, respondendo a seguinte pergunta:
Você entende, como o autor, que os brasileiros costumam valorizar mais o que é estrangeiro ?
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