Texto1
Conta a fábula que certo dia o lobo
se encontrou com um cordeiro na beira de um riacho. O lobo estava mais acima e o
cordeiro estava mais abaixo.
O lobo, querendo um pretexto para
matar o cordeiro, lança a primeira acusação: "Por que turvas a água que eu estou
a beber?"
O cordeiro se defende: "Isso não é
possível, pois água que bebemos corre de ti para
mim".
Desmoralizado, o lobo lança a
segunda acusação: "Dizem que a há seis meses, tu andavas falando mal de
mim".
O cordeiro rebate: "Impossível, há
seis meses eu não tinha ainda
nascido".
Irritado, o lobo lança a terceira e
última acusação, sem chance do cordeiro se defender: "Se não foi tu que falou
mal de mim foi teu pai, e portanto, deves pagar por
isso".
E com avidez devorou o
cordeiro.
Texto 2
X, de 24 anos, pintor, conta que, desde a ocupação pelas forças de
segurança, sua casa foi invadida quatro vezes. Aponta que nas três primeiras os
policiais pediram autorização para entrar. Na primeira, eles chegaram às 5 horas
da manhã, entraram e olharam. Nas duas outras vezes, levaram cachorros e
vasculharam novamente. Nada encontraram, já que não havia nada para ser
encontrado. Mas, como bem sabemos, todo e qualquer morador de favela é tratado
com desconfiança. Como se não bastasse tanto incomodo (será que fariam a mesma
coisa nos apartamentos de São Conrado?), retornaram, mais uma vez, dias depois.
Desta vez, sem pedir licença. Para não parecer arrombamento, utilizaram uma
“chave mestra”, daquelas usadas para abrir qualquer coisa. Entraram, reviraram a
casa toda, destruíram alguns móveis e, sem explicação até hoje, levaram as fotos
de sua esposa. Nem ele, nem sua esposa (no trabalho, naquele momento) estavam em
casa. Muitos moradores viram o que ocorreu, inclusive uma amiga, que estava indo
visitá-los. Neste momento, mais do mesmo, ou seja, mais violação de direitos.
Esta amiga foi até o local ver o que acontecia. Os policiais, seis ao total,
cercaram a jovem e começaram a torturá-la psicologicamente. Eles gritavam, se
referindo à dona da casa: “achamos a loura que queríamos, aquela que a gente
conhece!”, “ela é mulher de bandido, fala logo, fala logo, é melhor você falar
logo”, em clara tentativa de tentar forjar uma situação inexistente, prática tão
comum das polícias fluminenses. A jovem não se intimidou e disse que aquela moça
era sua amiga, que trabalhava e que não possuía envolvimento com nada ilícito.
Mesmo assim, os policiais continuaram insistindo por um bom tempo, até
desistirem e irem embora.
Esta amiga ligou imediatamente para os donos da casa. Contou-lhes o que havia acontecido. Estes retornaram imediatamente para saber o que ocorreu e, quando chegaram em casa, se depararam com aquela cena desoladora, perguntando-se: porque?
Esta amiga ligou imediatamente para os donos da casa. Contou-lhes o que havia acontecido. Estes retornaram imediatamente para saber o que ocorreu e, quando chegaram em casa, se depararam com aquela cena desoladora, perguntando-se: porque?
Tendo em vista que os textos acima prestam-se somente como orientação, redija um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade padrão da língua portuguesa, com o seguinte tema:
O direito da força em detrimento da força do direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário