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22 de fevereiro de 2014

Tema de redação - Ruyzão



Texto1




Conta a fábula que certo dia o lobo se encontrou com um cordeiro na beira de um riacho. O lobo estava mais acima e o cordeiro estava mais abaixo.


O lobo, querendo um pretexto para matar o cordeiro, lança a primeira acusação: "Por que turvas a água que eu estou a beber?"


O cordeiro se defende: "Isso não é possível, pois água que bebemos corre de ti para mim".





Desmoralizado, o lobo lança a segunda acusação: "Dizem que a há seis meses, tu andavas falando mal de mim".


O cordeiro rebate: "Impossível, há seis meses eu não tinha ainda nascido".


Irritado, o lobo lança a terceira e última acusação, sem chance do cordeiro se defender: "Se não foi tu que falou mal de mim foi teu pai, e portanto, deves pagar por isso".


E com avidez devorou o cordeiro.

Texto 2
X, de 24 anos, pintor, conta que, desde a ocupação pelas forças de segurança, sua casa foi invadida quatro vezes. Aponta que nas três primeiras os policiais pediram autorização para entrar. Na primeira, eles chegaram às 5 horas da manhã, entraram e olharam. Nas duas outras vezes, levaram cachorros e vasculharam novamente. Nada encontraram, já que não havia nada para ser encontrado. Mas, como bem sabemos, todo e qualquer morador de favela é tratado com desconfiança. Como se não bastasse tanto incomodo (será que fariam a mesma coisa nos apartamentos de São Conrado?), retornaram, mais uma vez, dias depois. Desta vez, sem pedir licença. Para não parecer arrombamento, utilizaram uma “chave mestra”, daquelas usadas para abrir qualquer coisa. Entraram, reviraram a casa toda, destruíram alguns móveis e, sem explicação até hoje, levaram as fotos de sua esposa. Nem ele, nem sua esposa (no trabalho, naquele momento) estavam em casa. Muitos moradores viram o que ocorreu, inclusive uma amiga, que estava indo visitá-los. Neste momento, mais do mesmo, ou seja, mais violação de direitos. Esta amiga foi até o local ver o que acontecia. Os policiais, seis ao total, cercaram a jovem e começaram a torturá-la psicologicamente. Eles gritavam, se referindo à dona da casa: “achamos a loura que queríamos, aquela que a gente conhece!”, “ela é mulher de bandido, fala logo, fala logo, é melhor você falar logo”, em clara tentativa de tentar forjar uma situação inexistente, prática tão comum das polícias fluminenses. A jovem não se intimidou e disse que aquela moça era sua amiga, que trabalhava e que não possuía envolvimento com nada ilícito. Mesmo assim, os policiais continuaram insistindo por um bom tempo, até desistirem e irem embora.
Esta amiga ligou imediatamente para os donos da casa. Contou-lhes o que havia acontecido. Estes retornaram imediatamente para saber o que ocorreu e, quando chegaram em casa, se depararam com aquela cena desoladora, perguntando-se: porque?


Tendo em vista que os textos acima prestam-se somente como orientação, redija um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade padrão da língua portuguesa, com o seguinte tema:
O direito da força em detrimento da força do direito.

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