NO INICIO DO BLOG

7 de fevereiro de 2014

Treinando

Olá, pessoal!!!!
7. NÃO admite transposição para a voz passiva a construção sublinhada em:
(A) Quem chega a Salvador faz uma viagem profunda.
(B) Lá estava o barzinho, com a varanda que lhe deu o nome.
(C) Pensava na magia que os jovens de hoje encontrarão na cidade.
(D) Colado ao velho portão, vi caixotes velhos, papelão, garrafas.
(E) A descoberta de Salvador não é sem consequência.
Comentário: Questão sobre transposição de vozes verbais. Para que seja admitida a transposição de voz verbal, o verbo da ativa deve ser transitivo direto (ou transitivo direto e indireto). Além disso, o objeto direto não pode ser preposicionado. De posse destas noções gramaticais, vamos visualizar as respectivas transposições dos trechos destacados:
a) faz uma viagem profunda (voz ativa) ~ uma viagem profunda é feita (voz passiva);
b) que (=a varanda) lhe deu o nome (voz ativa) ~ o nome lhe foi dado (voz passiva);
c) que os jovens de hoje encontrarão na cidade (voz ativa) ~ que (=a magia) será encontrada na cidade pelos jovens de hoje (voz passiva);
d) vi caixotes velhos, papelão e garrafas (voz ativa) ~ caixotes velhos, papelão e garrafas foram vistos por mim (voz passiva);
e) Esta é a adequada resposta da questão. O trecho "não é sem consequência" não admite transposição verbal, pois temos na forma verbal "é" um verbo de ligação.
Gabarito preliminar: C (solicitando troca para a letra E).
 
11. Se o artista erudito ...... relacionar-se de modo fecundo com a arte popular, ......, em primeiro lugar, desfazer-se de seus preconceitos, para que ...... a aproveitar o que há de fecundo na arte do povo.
A correlação entre tempos e modos verbais estará plenamente adequada caso se preencham as lacunas da frase acima, respectivamente, com as seguintes formas:
(A) quisesse - deveria - viesse
(B) quer - devia - venha
(C) quiser - deva - viesse
(D) quisesse - deverá - venha
(E) quiser - deveria - viesse
Comentário: Questão sobre correlação verbal. O contexto apresentado pelo examinador exprime uma ideia de hipótese, possibilidade. Esse matiz semântico é expresso pela combinação 'pretérito imperfeito do subjuntivo ~ futuro do pretérito do indicativo', validando a opção (A) como resposta da questão:
"Se o artista erudito quisesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) relacionar-se de modo fecundo com a arte popular, deveria (futuro do pretérito do indicativo), em primeiro lugar, desfazer-se de seus preconceitos, para que viesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) a aproveitar o que há de fecundo na arte do povo."
Gabarito: A.
 
12.  Há emprego inadequado de uma ou mais vírgulas na seguinte frase:
(A) No segmento A cultura erudita, assim chamada, a expressão entre vírgulas deixa ver que o autor do texto, ao que tudo indica, não acolhe inteiramente tal classificação cristalizada.
(B) Nem Villa-Lobos, nem Guimarães Rosa, na verdade nenhum grande artista se deixa levar, em face da arte popular, por preconceitos primários.
(C) Muitas vezes, o interesse que um artista erudito demonstra pela arte popular, não significa mais, de fato, do que o desejo de usurpar-lhe o que ela tem de mais vivo.
(D) Pode haver sobretudo uma relação de estranhamento, e não de encantamento, quando um cultor da arte erudita, não sem preconceito, lança os olhos sobre a arte popular.
(E) As diferenças entre arte popular e arte erudita tendem, por vezes, a dissipar-se nos dias de hoje, tornando a arte um produto híbrido explorado pela indústria cultural.
Comentário: Questão sobre pontuação (a vírgula é o sinal campeão nas provas da FCC!). Preliminarmente, a banca apontou a letra (C) como resposta. Nesta opção, o contexto nos mostra que a vírgula empregada após a expressão 'arte popular' separa, inadequadamente, o sujeito do predicado (um dos pré-requisitos para a utilização deste sinal de pontuação). Nas demais opções, foi mantida a correção gramatical.
Gabarito: C.
3. Considere o trecho abaixo:
Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se segue a uma devastadora crise na produção brasileira. E o motor dessa retomada é o cacau fino. (1º parágrafo)
Mantém-se a correção do trecho acima, substituindo-se:
I. os dois-pontos por ponto e vírgula. 


II. 'E' por uma vírgula seguida de cujo, fazendo-se a devida adaptação de maiúsculas e minúsculas. 
 


III. 'a uma devastadora' por 'à devastadora'.
 

Está correto o que se afirma APENAS em :

(A) II e III.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I.

Comentário: A questão foi híbrida, ou seja, mesclou assuntos, exigindo dos candidatos o conhecimento sobre o emprego dos sinais de pontuação e do acento grave indicativo de crase. Vamos analisar as afirmações.
I. Correta. A substituição proposta pelo examinador também obedece às prescrições gramaticais, denotando que a ideia do período não está concluída.
II. Errada. A substituição da conjunção 'e' pela vírgula manteria a correção gramatical do período. Entretanto, ao sugerir a inserção do pronome relativo 'cujo', o examinador deveria ter proposto também a supressão do artigo definido 'o' do sintagma 'o motor dessa retomada'.
III. Correta. No trecho 'a uma devastadora', não ocorreu o fenômeno da crase devido ao caráter genérico da estrutura, sendo ratificado pelo artigo indefinido 'uma'. Porém, ao fazermos a substituição proposta pela banca, teremos a construção 'que se segue à devastadora crise', resultando corretamente no citado fenômeno linguístico.
Gabarito: D.

Nenhum comentário: