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21 de maio de 2017

TUDO - TUDO




Não, este texto não será um gigantesco manual de instruções! Vamos abordar alguns sentidos e empregos desse pronome em expressões que podem ser úteis na construção dos textos.
Primeiramente… (não, também não é a frase que anda em voga que surgirá aqui!) … vamos relembrar: essa palavra é um pronome indefinido, ou seja: sendo pronome, é empregado para substituir nome (substantivo) e sendo indefinido, refere-se a esse nome de modo genérico (não queremos ou não sabemos especificar a informação). Alguns indefinidos podem apresentar flexão de gênero e número, mas o TUDO é invariável, sempre 3ª pessoa do singular.
Assim, a concordância com o termo tudo deve ser feita também na 3ª pessoa do singular, mesmo fora da ordem direta:
(…) Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou(…)

(..) O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Como sói1 acontecer, há exceção! Quando temos um predicado nominal, com o verbo de ligação SER, e um dos termos (o sujeito ou o predicativo do sujeito) está no plural, o verbo ser será conjugado no plural. Se Chico Buarque pluralizasse as ilusões, do trecho acima, teríamos:
Foram tudo ilusões passageiras.
Ou
Tudo foram ilusões passageiras.

Temos ainda o emprego desse pronome e expressões:
  • Tudo o mais – usada sempre com o artigo (não empregue ‘tudo mais’), é expressão aditiva:
O que importa é ter saúde, tudo o mais é secundário.
  • Tudo o que / tudo que – neste caso podemos empregar com ou sem artigo, ambas as formas são consideradas corretas:
Nem tudo que reluz é ouro. / Nem tudo o que reluz é ouro.
E isso é tudo por hoje…

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