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6 de julho de 2014

O futebol e o brasileiro

O NACIONALISMO NAZISTA DO FUTEBOL BRASILEIRO

Fico bem triste de usar o espaço do blog, que eu quase nunca escrevo para dissertar, e também desabafar, um pouco sobre o que o futebol faz com o brasileiro. A maioria, é bom que se diga, porque eu não gosto de nada que coloque todo mundo vindo de um mesmo “saco de estrume seco”.
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Edit: Este post é pessoal e por consequência não recomendado a pessoas que têm problemas de interpretação de texto, ironia; que não saibam o que é figura de linguagem e a quem tem déficits sérios na formação escolar.
Hoje tivemos uma felicidade enorme, a seleção brasileira jogou de uma forma que não estamos tão habituados assim, sujaram os calções e pararam a competente e habilidosa Colômbia. 2×1 pra gente, estamos na semifinal.
Infelizmente, o resultado da partida veio com uma noticia muito, muito triste. Nosso craque, nosso camisa dez, nosso homem gol está fora da Copa do Mundo. Após sofrer uma entrada imprudente do lateral direito colombiano Juan Camilo Zúñiga, o Menino da Vila fraturou um osso na região da terceira vértebra lombar e precisa de quatro a seis semanas de repouso e cuidados.
A notícia é triste, quem trabalha com esporte como eu, detesta noticiar ou ficar sabendo de qualquer quadro de lesão e aí quando é com alguém que a gente torce ou é próximo a notícia fica ainda mais pesada, mas sinceramente estou assustada com a proporção desta situação.
Vamos por partes.
Não vou embarcar no populismo barato, daquele que só serve para atiçar sentimentos ruins. Contusões acontecem, são do jogo.

O tweet do Antero Grego, jornalista em quem me espelho muitas das vezes e com quem aprendo muito mesmo a distância, resume exatamente o que eu vi na imprensa brasileira. Aproveitando de um momento “sensível” dos torcedores, alguns em busca de Ibope, outros tomados de um pachequismo sem tamanho e  outros sei lá movidos pelo quê, passaram a bradar na TV,  Rádio, redes sociais e afins que o jogador colombiano era um “vagabundo”, “maldoso”, “canalha”, “bode expiatório”, “assassino”, “anjo do capeta” e coisas piores.
Jornalistas dizendo isso de um cara que tem dois filhos pequenos e que escolheu o futebol como meio de vida.  Um atleta, e que por ser tal, jamais entraria numa dividida com o adversário pensando: “Ah hoje eu tiro esse tal de Neymar da Copa. Eu vou embora, mas ele também vai“.
Por favor, poupem a minha inteligência.
Enfim, na onda de muitos jornalistas e principalmente movidos pela própria ignorância as pessoas começaram a atacar o colombiano pelas redes sociais. Os branquelos brasileiros, que nunca conviveram com um negro ou um índio na vida passaram a insultar o Zúñiga com palavras com objetivo e de conotação racista. (Hastag VERGONHA, SHAME, VERGÜENZA, VERGOGNA, SCHAM, عار)
Pobres brancos arianos….
Tá duvidando? Olha essa reportagem do UOL: “Colombiano que lesionou Neymar sofre insultos racistas de brasileiros
Bom, além dos brancos arianos, nós temos os justiceiros. Alertada pela amiga Sarah Brasil, essa sim tem até Brasil no nome, descobri que brasileiros e não era uma meia dúzia, estavam no Instagram da ESPOSA do Zúñiga postando ameaças, xingamentos, juramentos de morte e pior até ameaçaram a filha do casal, uma menina de no máximo DOIS ANOS de idade, de estupro.
Vou repetir: Não foi um, nem dois, foram vários, que chamaram a garotinha, que nem o nome eu sei, de “puta” e afirmaram que a “estuprariam” e outros termos nojentos pertinentes a ameaça.

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