Determinados recursos incidem de forma positiva na construção textual
O processo de construção textual é um tanto quanto complexo, requisitando do emissor habilidades específicas, conquistadas paulatinamente de acordo com sua vivência de mundo, troca de experiências mediante o convívio social e, sobretudo, a familiaridade com a leitura e a escrita. Tais experiências, vistas em sua amplitude, tendem a tão somente colaborar para o nosso aperfeiçoamento enquanto enunciadores, visando à ampliação do nosso acervo lexical (vocabulário) e, consequentemente, ao aprimoramento do desempenho linguístico (formulação das ideias).
Em se tratando da produção textual instituída pelos exames de vestibulares e concursos públicos, a prática destas habilidades se torna ainda mais necessária, dadas as etapas pelas quais o candidato, impreterivelmente, precisa passar. Uma delas é o manejo em saber lidar com o tempo, a outra é a leitura atenta da coletânea de textos que, diga-se de passagem, em determinadas circunstâncias, se apresenta extensa. Este processo uma vez realizado, é hora de elencarmos todos os argumentos condizentes ao tema proposto e em seguida ordená-los de acordo com o propósito estabelecido em construir um discurso claro, objetivo e coerente. Nada que algumas dicas não possam funcionar como indispensáveis subsídios antes do momento em que o texto seja transcrito para a folha oficial. Para tanto, analisemos:
- Verificar se a produção corresponde ao tema proposto, pois a fuga a este poderá implicar na automática desclassificação do candidato do processo avaliativo;
- O discurso ora materializado encontra-se adequado à modalidade em questão? Como por exemplo, no caso de um texto dissertativo, a tese defendida está calcada em argumentos plausíveis, bem como a conclusão foi realizada de forma adequada?
Sabemos da possibilidade de outros gêneros, como por exemplo, carta de leitor, editorial, carta argumentativa, artigo de opinião, dentre outros, cada um com suas peculiaridades linguísticas a serem observadas e respeitadas;
- Os conhecimentos linguísticos foram colocados em prática, ou seja, a pontuação, concordância, ortografia, grafia legível e adequação ao padrão culto da linguagem foram rigorosamente obedecidos?
- Os parágrafos estão bem ordenados? Torna-se imprescindível constatarmos se há uma perfeita harmonia entre eles, de modo a identificarmos se os elementos coesivos correspondem à clareza exigida pela mensagem, evitando repetições e estabelecendo relações de sentido entre um termo e outro;
- A coerência foi manifestada mediante o transcorrer do discurso? Ou seja, as ideias mostram-se ordenadas em uma sequência lógica, com vistas a conferir uma perfeita compreensão por parte do interlocutor?
Esses e outros aspectos devem ser levados em consideração, dados os critérios instaurados pela linguagem escrita. Diante disso, uma releitura da produção configura-se como um procedimento elementar, pois nos permite detectar possíveis incorreções, como também acrescentarmos ou suprimirmos algum termo não condizente com o assunto, haja vista que no momento da escrita tais aspectos podem, porventura, passar despercebidos
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