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18 de abril de 2017

AH - A CRASE!!!

A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o pronome demonstrativo “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele (s),aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais).
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino “a” (s) ou de um pronome demonstrativo “a” (s) após uma preposição “a”:
1 – Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:
Conheço “a” aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2 – Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),…), não haverá crase.
Veja os exemplos:
Penso na aluna.
Apaixonei-me pela aluna.
Atenção: lembre-se sempre que não basta provar a existência da preposição “a” ou do artigo “a”, é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino “a” (s), não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Diante de substantivos masculinos:
Andamos a cavalo;
Fomos a pé;
Passou a camisa a ferro;
Fazer o exercício a lápis;
Compramos os móveis a prazo;
Assistimos a espetáculos magníficos.
Diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar;
Ela não tem nada a dizer;
Estavam a correr pelo parque;
Estou disposto a ajudar;
Continuamos a observar as plantas;
Voltamos a contemplar o céu.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento (com exceção das formas senhora, senhorita e dona):
Diga a ela que não estarei em casa amanhã;
Entreguei a todos os documentos necessários;
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem;
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos;
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho;
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo;
Isso não interessa a nenhum de nós;
Aonde você pretende ir a esta hora?;
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase.
Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos;
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

Diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega;
Sempre vamos à praia no verão;
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores;
Sou grata à população;
Fumar é prejudicial à saúde;
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé;
Usava sapatos à (moda de) Luís XV;
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho;
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã;
Elas chegaram às dez horas;
Foram dormir à meia-noite;
Ele saiu às duas horas.
Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Por exemplo:
à tardeàs ocultasàs pressasà medida que
à noiteàs clarasàs escondidasà força
à vontadeà beçaà largaà escuta
às avessasà reveliaà exceção deà imitação de
à esquerdaàs turrasàs vezesà chave
à direitaà procuraà derivaà toa
à luzà sombra deà frente deà proporção que
à semelhança deàs ordensà beira deàs ordens

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:
Vou à França. (Vim da França. Estou na França.);
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.);
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália);
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.);
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.);
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.).
Atenção: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase.
Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes;
Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Refiro-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase.
Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho;
Quero agradecer àqueles que me socorreram;
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai;
Não obedecerei àquele sujeito;
Assisti àquele filme três vezes;
Espero aquele rapaz;
Fiz aquilo que você disse;
Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino.
Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade;
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade;
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
Veja outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer;
Esta foi a conclusão à qual ele chegou;
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões;
A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo “a”

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino.
Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país.;
Meu luto é ligado ao do meu país;
As orações são semelhantes às de antes;
Os exemplos são semelhantes aos de antes;
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa;
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa;
Suas perguntas são superiores às dele;
Seus argumentos são superiores aos dele;
Sua blusa é idêntica à de minha colega;
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

A Palavra Distância

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer.
Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer.
Por exemplo:
Os militares ficaram a distância;
Gostava de fotografar a distância;
Ensinou a distância;
Dizem que aquele médico cura a distância;
Reconheci o menino a distância.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase.
Veja:
Gostava de fotografar à distância;
Ensinou à distância;
Dizem que aquele médico cura à distância.

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

Diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo.
Observe:
Paula é muito bonita / Laura é minha amiga.
A Paula é muito bonita / A Laura é minha amiga.
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula / Entreguei o cartão a Roberto.
Entreguei o cartão à Paula / Entreguei o cartão ao Roberto.
Contei a Laura o que havia ocorrido na noite passada / Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite passada.
Contei à Laura o que havia ocorrido na noite passada / Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite passada.
Diante de pronome possessivo feminino:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo.
Observe:
Minha avó tem setenta anos / Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos / A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó / Cedi o lugar a meu avô;
Cedi o lugar à minha avó / Cedi o lugar ao meu avô.
Diga a sua irmã que estou esperando por ela / Diga a seu irmão que estou esperando por ele;
Diga à sua irmã que estou esperando por ela / Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.
Depois da preposição até:
Fui até a praia ou fui até à praia;
Acompanhe-o até a porta ou acompanhe-o até à porta;
A palestra vai até as cinco horas da tarde ou a palestra vai até às cinco horas da tarde.

Exemplos Completos

A crase ocorre sobretudo quando a preposição a funde-se com o artigo feminino a. Se tomarmos como exemplo a frase “Fui à feira de artesanato”, teremos crase pois há a presença da preposição a (exigida pelo verbo ir) e do artigo feminino a.
Convém, desde já, lembrar que não ocorre crase antes de:
  • Palavras Masculinas: Andei a pé;
  • Verbos: Susana pôs tudo a perder;
  • Artigos Indefinidos: ontem fui a uma festa;
  • Pronomes Pessoais: disse a ela que eu preferia ir para a praia;
  • Pronomes Demonstrativos esta(s), essa(s): nós vamos a essa palestra;
  • Pronomes que não admitem artigo (toda, alguma, cada, ninguém…): dei balas a cada criança.
Se você quiser saber se há crase antes de palavras femininas, siga as regras práticas a seguir.
I. Substitua a palavra por outra no masculino.
Veja os exemplos:
a) Encaminhei o requerimento (a ou à?) diretora ~ Encaminhei o requerimento ao diretor. Se o a que antecede a palavra puder ser substituído por ao, existirá crase: Encaminhei o requerimento à diretora.
b) Atribuiu-se a explosão (a ou à?) falha humana. ~ Atribuiu-se a explosão a erro humano. Se o a não for substituído, não existirá crase: Atribuiu-se a explosão a falha humana.
II. No plural, use a mesma regra. Veja o exemplo: Levei presentes (as ou às?) filhas do coronel ~ Levei presentes aos filhos do coronel. Se puder substituir o as por aos, haverá crase: Levei presentes às filhas do coronel.
Observação: Se a palavra no feminino plural estiver determinada, a crase será indispensável: Gosto de ir às exposições do Museu Nacional. Se não estiver determinada, ou seja, se expressar sentido genérico, não ocorrerá crase: Gosto de ir a exposições.
III. No caso de nomes de lugar, troque o verbo que antecede a palavra pela expressão voltar de.
a) Fui (a ou à?) Curitiba. ~ Voltei de Curitiba. Se usar de, não ocorrerá crase antes do nome do lugar: Fui a Curitiba.
b) Regressei (a ou à?) Alemanha. ~ Voltei da Alemanha. Se usar da, ocorrerá crase: Regressei à Alemanha.
IV. Há ainda outros casos importantes em que ocorre a crase:
a) Quando a preposição a funde-se aos pronomes aquele, aquela ou aquilo.
Ex.: Assisti àquele filme de Spielberg.
b) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas: à bala, à direita, às vezes, à frente de, à medida que.
c) Antes de palavra masculina somente quando está subentendido um termo feminino.
Ex.: Levou o documentário à [Rede] Globo. Escreve à [moda de] Camões.

Tipos de Crases

Para haver crase, é necessário que existam dois aa. O primeiro a é preposição; o segundo pode ser:
a) Artigo Definido (a/as):
“Ele se referiu a (preposição) + a (artigo) carta.” =
“Ele se referiu à carta.”
“Ele entregou o documento a (preposição) + as (artigo) professoras.” =
“Ele entregou o documento às professoras.”
b) Pronome Demonstrativo (a/as):
“Sua camisa é igual a (preposição) + a (pronome = a camisa) do meu pai.” = “Sua camisa é igual à do meu pai.”
“Ele fez referência a (preposição) + as (pronome = aquelas) que saíram.” =
“Ele fez referência às que saíram.”
c) Vogal a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas e aquilo:
“Ele se referiu a (preposição) + aquele livro.” = “Ele se referiu àquele livro.”
“Ele fez alusão a (preposição) + aquelas obras.” = “Ele fez alusão àquelas obras.”
“Prefiro isso a (preposição) + aquilo.” = “Prefiro isso àquilo.”
OBSERVAÇÃO 1: Se o verbo for transitivo direto, não há preposição, por isso não ocorre crase:
“A secretária escreveu (TD) a carta (OD).” (a = artigo definido)
“Ele não encontrou (TD) as professoras (OD).” (as = artigo definido)
“A testemunha acusou (TD) a da direita.” (a = pronome = aquela da direita)
“Não reconheci (TD) as que saíram.” (as = pronome = aquelas que saíram)
“Nós já lemos (TD) aquele livro (OD).”
“Ainda não vi (TD) aquilo (OD).”
OBSERVAÇÃO 2: Para comprovarmos a crase, o melhor “macete” é substituir o substantivo feminino por um masculino. Comprovamos a crase se o A se transformar em AO:
“Ele se referiu à carta.” (=ao documento)
“Ele entregou o documento às professoras.” (=aos professores)
“Sua camisa é igual à do meu pai.” (=seu casaco é igual ao do meu pai)
“Ele fez referência às que saíram.” (=aos que saíram)
Observe a diferença:
“A secretária escreveu a carta.” (=o documento)
“Ele não encontrou as professoras.” (=os professores)
“A testemunha acusou a da direita.” (=o da direita)
“Não reconheci as que saíram.” (=os que saíram)
“Ele se referiu a esta carta.” (=a este documento)
“Tráfego proibido a motocicletas.” (=a caminhões)
Este “macete” não se aplica no caso dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo.

Casos Especiais

A crase ocorre diante de nomes femininos, salvo raríssimas exceções, como a que ocorre com os pronomes “aquele” e “aquilo”.
Ex: Referi-me àquele rapaz. (referi-me a + aquele = àquele).
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Para se saber se perante uma palavra feminina haverá crase, imagina-se um vocábulo masculino precedido de artigo. Se diante do masculino, usar-se “ao”, diante do feminino aparecerá “à”.
Ex: Referi-me à mulher. ( Referi-me ao homem)
Fui à loja. (Fui ao clube)
PORÉM: Visitei a escola. (Visitei o estádio)
CASOS ESPECIAIS:
1) Diante de nomes masculinos não se usa acento grave. Porém, quando se pode subentender, antes do nome masculino, uma das expressões: “à moda de” ou “à maneira de”a crase ocorrerá.
Ex: Andou a pé. / Ele se referiu a homem sério.
Comprei um carro a prazo.
Mas: Usava bigode à Machado de Assis. (à moda de…)
Comprou sapatos à Luís XV. (à maneira de…)
2) Não se usa acento grave antes de: verbos, pronomes indefinidos, pronomes pessoais (retos, oblíquos e de tratamento) e pronomes demonstrativos.
Ex: Comi a valer. / Deu um presente a mim.
Não irás a nenhuma festa. / Referiu-se a V. Exa.
Dirigiram-se a nós.
Ofereci uma flor a esta menina.
Lembre-se: a crase ocorrerá antes das seguintes palavras usadas no tratamento cerimonioso das pessoas: senhora, senhorita, dona e madame.
Ex: Dei o documento à senhora.
3) Como nomes de lugar (cidade, estado, país, etc …), usar-se-á o seguinte recurso:
Mentalmente: “Quando venho, venho da: quando vou, craseio o ‘a’.”
“Quando venho, venho de: crasear por quê?”
Ex: Vou à Bahia . (Venho da Bahia);
Vou a Brasília. (Venho de Brasília).
NOTA: Se o nome de lugar vier determinado, a crase será obrigatória.
Ex: Vou à Brasília do Palácio da Alvorada.
Vou à Madri das Touradas. / Mas: Vou a Madri.
Vou à Paris da Torre Eiffel. / Mas: Vou a Paris.
4) A palavra CASA:
Ocorrem três casos: crase proibida, facultativa ou obrigatória.
PROIBIDA: Se a palavra “casa” não vier determinada ou não se especificar o seu dono.
Ex: Vou a casa. / Cheguei a casa tarde.
FACULTATIVA: Se for especificado o dono da casa.
Ex: Vou à casa dele. / Vou a casa dele.
OBRIGATÓRIA: Se for determinada a casa, ou se for um estabelecimento público ou comercial.
Ex: Vou à casa da Moeda. / Vou à casa da Tijuca.
Vou à casa florida.
5) A palavra TERRA:
Ocorrem dois casos:
* Se for uma região determinada ou planeta, a crase será obrigatória.
Ex: Vou à terra de meus avós. / Os astronautas voltaram à Terra.
* Se a palavra “terra” significar terra firme, chão, em oposição a mar, bordo, a crase será proibida.
Ex: Os marinheiros queriam ir a terra.
6) Com pronomes possessivos adjetivos, a crase é facultativa; mas, com pronomes possessivos substantivos, a crase será obrigatória.
Ex: Referi-me a (à) tua loja e não, à minha.
7) A palavra DISTÂNCIA:
Se a distância não vier determinada, não haverá crase; caso contrário, a crase ocorrerá.
Ex: O menino observa o pássaro a distância.
O menino observa o pássaro à distância de dois metros.
8) A palavra ATÉ:
Com a palavra “até”, a crase é facultativa.
Ex: Caminhamos até à (a) escola.
9) Usa-se acento grave diante de locuções adverbiais femininas:
Ex: Comprei a TV à vista. / Às vezes, o poeta parava de falar.
Saiu à noite. / Voltará às 8 horas.
NOTA: Se a locução adverbial indicar instrumento, alguns gramáticos aceitarão a crase, mas outros não a aceitarão.
Ex: Escrevi a carta a máquina / Escrevi a carta à máquina.
Combate a espada / Combate à espada.
10) Com nomes próprios femininos, a crase será facultativa:
Ex: Dei um anel de ouro à (a) Zilda.
NOTA: Se o nome próprio vier acompanhado de um adjetivo (ou outro adjunto), a crase ocorrerá.
Ex: Dei um presente à querida Zilda.
11) Quando aparecer um “a” no singular, antes de palavra feminina no plural (ou seja, de palavra feminina em sentido genérico), a crase não ocorrerá.
Ex: Não assisto a peças que não possuam um bom elenco.
Preparativos referentes a festas juninas.
12) Principais locuções que levam acento grave e que não levam acento grave:
LEVAM ACENTO: NÃO LEVAM ACENTO:
À vista A prazo / A prestação;
À esquerda / À direita A jato;
Às vezes / A bordo;
À milanesa / A fim de;
À tarde / À noite A par de;
Às pressas / A pé;
À medida que / À proporção que A princípio;
À paisana / A postos;
À tona / A respeito;
À toa.

Você escreve à Machado de Assis?

Certas expressões são usadas no dia-a-dia e nem bem sabemos de onde vieram. Muitas são culturais como “sem eira nem beira”, mas outras são resultados apenas de mecanismos linguísticos que, em minha opinião, vêm facilitar o uso da linguagem. Vejam por exemplo o caso deste post. Como é que se deve escrever? “A ou À Machado de Assis?“
Depende, meu caro leitor. Se ele está escrevendo “para Machado de Assis”, não há o acento grave:
“Ele escreve a Machado de Assis.” (= para Machado)
Se ele escreve “à moda “, “ao estilo” de Machado de Assis, primeiramente tenho de expressar minha admiração, pois é um dos meus escritores preferidos e, nesse caso, o uso do acento grave é obrigatório:
“Ele escreve à Machado de Assis.” (= ao estilo de Machado de Assis)
Bom, pelos exemplos, vemos que usaremos o acento grave sempre que houver uma destas locuções subentendidas: “à moda de”“à maneira de” ou “ao estilo de”:
“Sapato à Luís XV.”
“Poesia à Manuel Bandeira.”
“Revolução à 1930.”
“Vestir-se à 1800.”
“Filé à francesa.”
“Bife à milanesa.”
OBSERVAÇÃO 1: Em “Moramos em São José dos Campos de 2005 a 2010”, não há crase porque não há artigo definido antes de 2010. Em “Elas se vestem à 1970”, há acento grave porque subentendemos “à moda de 1970”.
OBSERVAÇÃO 2: Se os nossos cardápios fossem bem escritos, em português é claro, teríamos um “festival de crase”:
“Viradinho à paulista.” (=à moda de São Paulo)
“Tutu à mineira.” (=à moda de Minas)
“Camarão à baiana.” (=à moda da Bahia)
“Churrasco à gaúcha.” (=à moda gaúcha)
Observe que neste caso o acento grave deve ser usado mesmo antes de palavras masculinas:
“Churrasco à Osvaldo Aranha.” (=à moda de Osvaldo Aranha)
O simples fato de estar no cardápio não garante a crase:
“Filé a cavalo”
“Frango a passarinho.”
Não usamos o acento grave nesses dois exemplos. A locução “à moda de” não está subentendida. Um “filé a cavalo” não é um “filé à moda do cavalo”. Ainda bem, pois seria, no mínimo um paradoxo “vegan”!

Exercícios Práticos sobre Crase

À partir daqui, iremos intensificar seus conhecimentos sobre Crase com os mais variados exercícios de vestibulares, faculdades e universidades do Brasil, tudo isso para que você domine a Crase! Então, mãos à obra. Bons estudos.
Tribalização
O continente africano, que tantas vezes e por tanto tempo já foi o espelho sombrio e espoliado dos progressos da civilização ocidental, infelizmente continua sujeito a um processo que, no limite, resume-se a uma implosão civilizatória.
Se os tempos são de globalização, o espelho de horrores africano coloca-nos diante da antítese mais extrema, a da tribalização. Chegam-se ao fim do século 20 com o mais velho continente mergulhado em conflitos étnicos, miséria, endemias e estagnação econômica.
A situação tornou-se agora extremamente grave, e entre Zaire e Ruanda parece inevitável uma guerra aberta. Tudo sob o olhar distante e pouco interessado das grandes potências ocidentais. A própria ONU admite não ter acesso a 600 mil refugiados hutus no leste do Zaire e pediu fotos de satélite para identificar onde eles estariam. Segundo a comissária da União Européia, 1 milhão de pessoas podem morrer. Seria patético, se não fosse absolutamente trágico.
A responsabilidade do Ocidente é inegável. Basta lembrar o antigo nome do Zaire, Congo Belga, para tomar consciência do passado colonialista que em muitos casos criou divisões geopolíticas e unidades de governo pouco ou nada coerentes com tradições tribais, étnicas ou mesmo territoriais.
Infelizmente, uma parte relativamente grande da mídia e dos governantes dos países “civilizados” retrata os conflitos como puramente tribais, como se o genocídio africano não tivesse começado faz alguns séculos, sob o comando de potências colonialistas.
Mais, parece evidente que a “tribalização”, ou seja, a predominância de fatores locais, étnicos e de disputa territorial, nada mais é que o resultado de uma situação de estagnação e fome epidêmica em que boa parte do continente continua mergulhada em decorrência de seus sistemas econômicos, totalmente marginalizados da globalização.
Lamentavelmente, a dívida em vidas, riqueza e cultura do Ocidente com a África tende apenas a crescer.
[EXERCÍCIO 01] O acento grave indica corretamente a ocorrência de crase em:
  • a) o continente africano continua sujeito à várias chagas sociais;
  • b) o século vinte está chegando à termo com problemas que envolvem tanto a globalização quanto a tribalização;
  • c) o própria ONU admite nem sempre ter acesso à populações que necessita atender;
  • d) o genocídio africano começou à existir sob o comando de potências colonialistas;
  • e) o Ocidente muito deve à África, em muitos e variados aspectos.

[EXERCÍCIO 02] Assinale a opção que preenche correta e coerentemente as lacunas do texto:
Uma preocupação do governo está relacionada ___ manutenção do registro do débito na contabilidade das empresas mesmo depois de seu pagamento. Isso pode propiciar __ contabilização de prejuízos referentes ___ variação cambial e ___gastos com juros que na verdade não existiriam. Se o pagamento tiver sido feito, mas __ empresas tiverem mantido seus registros contábeis, isso pode reduzir artificialmente o lucro das companhias, o que prejudica ____ arrecadação do imposto.
  • a) a – a – a – aos – as – à
  • b) a – à – à – a – às – a
  • c) à – a – à – aos – as – a
  • d) à – à – a – aos – às – à
  • e) a – à – a – à – às – a

 [EXERCÍCIO 03] Até…….. poucos dias, os preços desse produto estavam sujeitos…….. grandes oscilações no mercado.
  • a) à, a
  • b) a, à
  • c) há, a
  • d) à, à
  • e) há, à

[EXERCÍCIO 04] “……. noite, todos os operários voltaram ……. fábrica e só deixaram o serviço …… uma hora da manhã.”
  • a) há, à, à
  • b) a, a, a
  • c) à, à, à
  • d) à, a, há
  • e) a, à, a
[EXERCÍCIO 05] No território nacional, …… estatísticas o demonstram: …… cada trinta minutos uma pessoa sucumbe …… tuberculose.
  • a) as, à, a
  • b) às, à, à
  • c) às, à, a
  • d) as, a, à
  • e) às, a, a

[EXERCÍCIO 06] A frase em que o uso da crase está incorreto é:
  • a) o professor dirigiu-se à sala.
  • b) fez uma promessa à Nossa Senhora.
  • c) à noite não gosto de ler.
  • d) referiu-se àquilo que viu.
  • e) fugiu às pressas.

[EXERCÍCIO 07] Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: “Quando, …… dois dias, disse……ela que ia …… Europa para concluir meus estudos, pôs-se …… chorar.”
  • a) a – a – a – a
  • b) há – à – à – a
  • c) a – à – a – à
  • d) há – a – à – a
  • e) n.d.a

[EXERCÍCIO 08] Opção que preenche corretamente as lacunas: “O gerente dirigiu-se …… sua sala e pôs-se …… falar …… todas as pessoas convocadas.”
  • a) à, à, a
  • b) a, à, à
  • c) à, a, a
  • d) a, a, à
  • e) à, a, à

[EXERCÍCIO 09] Assinale a frase gramaticalmente correta.
  • a) O papa caminha à passo firme.
  • b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
  • c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
  • d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
  • e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora à nada.

[EXERCÍCIO 10] Fique …… vontade e confie …… mim tudo o que tem …… dizer.
  • a) a, a, à
  • b) à, a, a
  • c) à, a, à
  • d) à, à, à
  • e) a, à, a

[EXERCÍCIO 11] Os que assistiram …… peça chegaram …… aplaudi-la de pé, postando-se …… poucos metros do palco.
  • a) à, à, há
  • b) à, a, a
  • c) a, a, à
  • d) à, a, há
  • e) a, à, a

[EXERCÍCIO 12] Foi …… mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a maldição do cientista que reduzira o arco-íris …… simples matéria: era uma ameaça …… poesia.
  • a) a, a, à
  • b) há, à, a
  • c) há, à, à
  • d) a, a, a
  • e) há, a, à

[EXERCÍCIO 13] Refiro-me …… atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças …… rebeldia insensata e …… uma fuga insensata.
  • a) às, à, a
  • b) as, à, à
  • c) às, à, à
  • d) as, à, a
  • e) às, a, à

[EXERCÍCIO 14] Postou-se …… porta do prédio, …… espera de uma pessoa …… quem entregar a pasta de documentos.
  • a) a, a, a
  • b) à, à, a
  • c) à, a, a
  • d) a, a, à
  • e) à, à, à

[EXERCÍCIO 15] “……… dois dias da prova, cedeu ………. um impulso irracional de fugir ……….. ela.”
  • a) há, à, a
  • b) a, à, a
  • c) há, à, à
  • d) a, a, à
  • e) a, a, a

[EXERCÍCIO 16] Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta. “Comunicamos ….. V. Sª. que encaminhamos …… petição anexa …… Divisão de Fiscalização, que está apta …… prestar …… informações solicitadas.”
  • a) a, a, à, a, as
  • b) à, a, à, a, às
  • c) a, à, a, à, as
  • d) à, à, a, à, às
  • e) à, a, à, à, as

[EXERCÍCIO 17] O progresso chegou inesperadamente ….. subúrbio. Daqui …… poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas que, …… tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar.
  • a) aquele, a, a
  • b) àquele, à, há
  • c) àquele, à, à
  • d) àquele, a, há
  • e) aquele, à, há

[EXERCÍCIO 18] Estou ……. espera de certa pessoa, ……. quem poderei pedir informações ……. respeito desse processo.
  • a) à, à, a
  • b) a, à, à
  • c) à, a, a
  • d) à, a, à
  • e) a, a, à

[EXERCÍCIO 19] Preencha corretamente as lacunas, seguindo a ordem fraseológica.
“…… três semanas, cheguei …… Lisboa; daqui …… três dias farei uma excursão ……França; depois farei uma visita …… ruínas da Itália; de lá regressarei ……. São Paulo.”
  • a) há, à, há, a, as, à
  • b) a, a, a, a, às, a
  • c) há, a, a, à, às, a
  • d) há, a, há, à, às, a
  • e) a, à, há a, as, à

[EXERCÍCIO 20] Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços: “…………… algum tempo, vai até ……….. montanha e volta ………. casa para descansar.”
  • a) a – à – à
  • b) há – a -a
  • c) há – à – à
  • d) à – a – a
  • e) a – a – a

[EXERCÍCIO 21] Assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços: “Durante ……… semana, o rapaz deveria apresentar-se ……… direção da escola, para repor todas as aulas ……… que faltara.”
  • a) a – à – a
  • b) a – a – à
  • c) à – à – a
  • d) à – à – à
  • e) à – a – a

[EXERCÍCIO 22] Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase: “Um homem condenado …… ignorância é alguém …… quem foi roubada uma parte do seu direito …… vida.”
  • a) à, a, à
  • b) a, à, a
  • c) à, a, a
  • d) a, à, à
  • e) a, a, à

[EXERCÍCIO 23] Já …… tempos venho dizendo que essas medidas têm sido nefastas não só …… uma determinada categoria profissional, como também ……. toda a sociedade.
  • a) à, a, a
  • b) há, a, a
  • c) há, a, à
  • d) há, à, a
  • e) à, à, à

[EXERCÍCIO 24] “Na minha visita …….. Bahia, …….. dois meses atrás, percorri toda …….. parte central de Salvador, …….. fim de melhor apreciar …….. beleza da cidade, que nada fica …….. dever …….. maioria dos grandes centros comerciais do país e, daqui …….. pouco, será um dos maiores.”
  • a) a, a, à, à, à, a, a, há
  • b) à, a, a, a, à, à, a, a
  • c) à, há, a, a, a, a, à, a
  • d) a, há, à, a, a, a, a, há
  • e) a, a, a, à, a, a, a, à

[EXERCÍCIO 25]  – Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações:
I. Precisa falar____cerca de três mil operários.
II. Daqui____alguns anos tudo estará mudado.
III. ____dias está desaparecido.
IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram____tempo____reunião.
  • a) a – a – há – a – à
  • b) à – a – a – há – a
  • c) a – à – a – a – há
  • d) há – a – à – a – a
  • e) a – há – a – à – a

[EXERCÍCIO 26] – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Daí …… poucos instantes, o menino entregou-se …… reflexões mais sérias e colocou-se …… disposição do diretor.
  • a) há – à – à
  • b) a – à – a
  • c) há – a – à
  • d) à – a – a
  • e) a – a – à

[EXERCÍCIO 27] – Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas.
Estou aqui desde ______ 8 h, mas só poderei ficar até ______ 9h 30min, porque ______ 10h 30min assistirei ______ sessão solene de abertura de uma importante exposição de arte moderna, precisando, para isso, dirigir-me ______ Rua 7 de abril e ir _____ Galeria “Sanson Flexor”.
  • a) às – às – às – a – a – a
  • b) às – as – às – à – à – à
  • c) as – as – às – a – à – à
  • d) as – as – às – à – à – à
  • e) às – as – as – à – à – à

[EXERCÍCIO 28]  – Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Uma ….. uma, todas as alunas prestarão contas ….. diretora daquilo que fizeram ….. pouco.
  • a) à – a – a
  • b) a – à – há
  • c) à – à – a
  • d) a – a – há
  • e) à – à – há

[EXERCÍCIO 29– Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas do texto.
“Chegar cedo …… repartição. Lá …… de estar outra vez o Horácio conversando …… uma das portas com Clementino.”
  • a) à – há – a
  • b) à – há -à
  • c) a – há – a
  • d) à – a – a
  • e) a – a – à

[EXERCÍCIO 30]  – Preenchem-se os espaços de:
“________ meses que desejo tanto que elas ________, que, daqui ________ pouco, irão para ________ Argentina”, com:
  • a) faz, viagem, há, à
  • b) faz, viajem, a, a
  • c) fazem, viagem, a, à
  • d) fazem, viajem, há, a
  • e) n.d.a.

[EXERCÍCIO 31] – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase, na sequência.
Regina estava _____ indecisa quanto _____ mandar _____ faturas _____ ___notas fiscais e se _____ folha bastaria para o bilhete.
  • a) meia; à; as; anexo; às; meia.
  • b) meia; à; as; anexas; as; meia.
  • c) meio; a; às; anexo; às; meio.
  • d) meia; a; às; anexo; as; meio.
  • e) meio; a; as; anexas; às; meia.

[EXERCÍCIO 32]– Indique a alternativa em que há erro gramatical:
  • a) Àquelas daria a atenção devida?
  • b) Nem a traças nem a cupins conheço a solução.
  • c) Havia duas moças, você deu importância à de cá mas não a de lá.
  • d) Àquela prefiro esta.
  • e) Dobre à esquina, à direita, e você estará junto à Machado de Assis, bela praça.

[EXERCÍCIO 3 3– Empregou-se corretamente o sinal indicativo de crase em:
  • a) Sobre a visita à Quixadá, os moradores nos mostraram os pontos turísticos.
  • b) Sou favorável à uma suspensão temporária do namoro.
  • c) A garota à cuja vida aludimos tem um comportamento excelente.
  • d) A relação à qual nos referimos já dura muitos anos.
  • e) n.d.a.

[EXERCÍCIO 34]  – Aponte a alternativa que completa adequadamente as lacunas.
I – Foi ofendido, mas não conseguiu dar importância _____
II – Quando ia _____ pé à cidade mais próxima, olhava demoradamente as pessoas cara _____ cara.
III – Como não damos ouvido _____ reclamações, a polícia fica _____ distância.
IV – Pôs-se _____ falar _____ toda pessoa seus mais íntimos segredos.
V – Sei _____ quem puxaste, pois temes lançar-te _____ novas conquistas.
  • a) I – aquilo; II – à, à; III – à, à; IV – a, a; V – a, a
  • b) I – àquilo; II – a, a; III – a, à; IV – a, a; V – à, a
  • c) I – àquilo; II – a, a; III – a, a; IV – a, a; V – a, a
  • d) I – aquilo; II – à, a; III – à, a; IV – à, a; V – a, à
  • e) I – àquilo; II – a, à; III – a, à; IV – à, à; V – à, a

[EXERCÍCIO 35] – Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
O aluno recorreu ….. escondidas ….. várias autoridades, para chegar ….. situação mais cômoda.
  • a) as – a – àquela
  • b) as – à – aquela
  • c) às – a – àquela
  • d) às – à – aquela
  • e) as – à – àquela

[EXERCÍCIO 36]  – Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases adiante:
I. Enviei dois ofícios_______ Vossa Senhoria.
II. Dirigiam-se______casa das máquinas.
III. A entrada é vedada______toda pessoa estranha.
IV. A carreira______qual aspiro é almejada por muitos.
V. Esta tapeçaria é semelhante ______ nossa.
  • a) a – a – à – a – a
  • b) a – à – a – à – à
  • c) à – a – à – a – a
  • d) à – à – a – à – à
  • e) a – a – à – à – a

[EXERCÍCIO 37]– Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir:
I – Saíram daqui______ pouco, mas voltarão daqui______ pouco, pois moram apenas______dois quilômetros de distância.
II- _______foram suas amigas? _______ estarão agora?
  • a) há – a – a – Aonde – Onde
  • b) há – há – à – Onde – Onde
  • c) há – a – a – Aonde – Aonde
  • d) a – a – à – Para onde – Por onde
  • e) a – há – há – Por onde – Aonde

[EXERCÍCIO 38] – Texto: “As Sem -Razões do Amor”
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor. (Carlos Drummond de Andrade).
Assinale a frase em que à ou às está mal empregado:
  • a) Amores à vista.
  • b) Referi-me às sem-razões do amor.
  • c) Desobedeci às limitações sentimentais.
  • d) Estava meu coração à mercê das paixões.
  • e) Submeteram o amor à provações difíceis.
[EXERCÍCIO 39] – Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
O relatório refere-se …… últimas prestações de contas, e chega …… insinuar que erros existem …… muito tempo.
  • a) às – à – há
  • b) às – a – há
  • c) as – à – à
  • d) às – a – à
  • e) as – a – a

[EXERCÍCIO 40]  – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Dada …… falta de recursos, solicitamos …… Diretoria …… suspensão da campanha.
  • a) a – à – a
  • b) a – à – à
  • c) a – a – à
  • d) à – à – a
  • e) à – a – a

[EXERCÍCIO 41)– A frase em que o acento grave indica corretamente a ocorrência de crase é:
  • a) Ele deve muito aos pais, que sempre lutaram ombro à ombro para garantir-lhe um bom tratamento médico.
  • b) Puseram a vítima e o acusado frente à frente, para o possível reconhecimento do agressor.
  • c) Acompanhou-o passo à passo durante sua estada no Brasil.
  • d) Quero que você fique bem à vontade para negar meu pedido, se não puder atendê-lo.
  • e) Ele sempre vem à pé, por isso costuma atrasar-se.
[EXERCÍCIO 42]  – Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Não compreendo, …… vezes, esse seu comportamento; …… mim mesma você prometeu não voltar …… falar nesse assunto.
  • a) às – a – a
  • b) às – a – à
  • c) as – à – à
  • d) às – à – a
  • e) as – a – a
[EXERCÍCIO 43] 
I – Refiro-me àquilo e não a isto.
II – Sairemos bem cedo, para chegar à tempo de assistir a cerimônia.
III – Dirigiram-se à Sua Excelência e declararam que estão dispostos à cumprir o seu dever e a não permitir a violação da lei.
Quanto ao emprego da crase, assinale:
  • a) se todas as afirmações estão incorretas.
  • b) se todas estão corretas.
  • c) se apenas I está correta.
  • d) se apenas III está correta.
  • e) se apenas II está correta.

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