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23 de abril de 2017

LER,LER,LER

Interpretação de Texto ler… ler… ler…
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor.
Nos atuais exames vestibulares brasileiros, o entendimento de textos tem sido uma parte fundamental das provas de Comunicação e Expressão Verbal, nova denominação dada, pelos programas curriculares federais, à matéria antes conhecida como Língua Portuguesa.
Exemplifiquemos:
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana . Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília. Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio)
GLOSSÁRIO:
* Neurologista – médico especializado em curar doenças do sistema nervoso;
* Psique – mente, espírito, alma;
* Inconsciente – o conjunto dos processos e fatos psíquicos que atuam sobre o comportamento do indivíduo, mas que escapam ao âmbito da racionalidade e esta não pode ser trazida pela vontade ou pela memória, aflorando nos sonhos, atos falhos e nos estados neuróticos;
* Subconsciente – processos e fatos psíquicos latentes no indivíduo, influenciando sua conduta e, por vezes, aflorando à consciência;
* Anômalo – anormal;
* Patológico – doentio;
* Hipnotismo – processos físicos ou psíquicos destinados a gerar um estado mental semelhante ao sono, no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às ordens do hipnotizador;
* Terapeuta – médico;
* Trauma – choque violento capaz de desencadear perturbações físicas ou psíquicas;
* Onírico – relativo aos sonhos;
* Vigília – estar acordado, desperto.
IDÉIAS – NÚCLEO
PRIMEIRO CONCEITO DO TEXTO:
*”Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana . Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente”. O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente.
SEGUNDO CONCEITO DO TEXTO:
*”Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais”. A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.
TERCEIRO CONCEITO DO TEXTO:
*”Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília”. Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia.
QUARTO CONCEITO DO TEXTO:
* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual.
RESPONDA:
Qual foi a contribuição de Freud para a Psicologia?
Explique o primeiro método usado por Freud.
Qual foi o seu segundo método de análise?
Em que Freud é original quanto à explicação da neurose?
* ATENÇÃO: AGORA, É A SUA VEZ:
O texto abaixo será desmembrado em suas ideias fundamentais e, assim, você poderá corrigir o seu esforço de interpretação.
“Filósofo alemão, amigo de músicos (Wagner e Liszt), professor de filologia e grande apreciador de literatura grega, Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 – 1900) é levado pelo seu pensamento reflexivo à negação da metafísica e dos valores morais. Ele critica as teorias de Sócrates e de Platão sobre a existência de um mundo ideal, onde residiram as essências do Divino, do Verdadeiro, do Belo, do Bom, separadas das aparências do mundo sensível. Para Nietzsche, as ideias são apenas invenções de filósofos, pois na realidade não há separação entre os dois mundos, o da essência e o da aparência, o do verdadeiro e o do falso, o do inteligível e o do sensível. O que existe é um ‘eterno retorno’, uma alternância do bem e do mal, da alegria e do sofrimento, da criação e da destruição, da ressurreição e da morte.
Esse dualismo cósmico já fora intuído pelos gregos e representado plasticamente pela criação dos mitos de Apolo e de Dionísio: o primeiro, o deus da luz, da ordem, do social; o segundo, o deus das trevas, da embriaguez, do instinto individual. O espírito apolíneo e o espírito dionisíaco se alternariam, portanto, ao longo da cultura ocidental, cada época marcando o triunfo de um princípio sobre o outro”. (Salvatore D’Onofrio)

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