[2] Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente represente um marco jurídico importante na defesa da cidadania infantil, o crescente número de crimes graves cometidos por menores infratores requer novas discussões acerca da redução da maioridade penal no país. Nesse sentido, o fortalecimento do papel escolar na formação civil e a reestruturação do sistema de reabilitação socioeducativa são potenciais alternativas no combate à violência nos grandes centros urbanos do país.
[3] A violência praticada por menores infratores é resultado de uma política educacional frágil que não corresponde às reais necessidades da população. Sob esse aspecto, o relatório produzido pelo Conselho Nacional do Ministério Público revela que internos com idades entre 16 e 18 anos são aqueles que apresentam os maiores índices de evasão escolar. Nesse contexto, o fortalecimento da escola integral garante o acesso a projetos sociais que, por sua vez, reduzem as possibilidades de envolvimento de menores com o tráfico de drogas.
[4] Some-se a isso o ineficiente sistema de reabilitação socioeducativa que se detém a punir em detrimento de qualificar para o mercado trabalho. Nesse sentido, a ausência de formação profissional adequada reduz as chances de conquista do primeiro emprego e, consequentemente, aumentam os índices de reincidência em crimes. Assim sendo, é necessário reformar as medidas socioeducativas garantindo, dessa forma, maior projeção social e inserção profissional.
[6] Diante disso, cabe ao Governo Federal e ao [5] Terceiro [1] setor reverter esse quadro. As organizações não governamentais devem oferecer serviços de qualificação aos menores infratores, por meio de cursos profissionalizantes, nas áreas de maior demanda conforme a região onde reside o reabilitando. Por fim, o Estado deve investir na reestruturação inovadora das escolas públicas, por meio do direcionamento de recursos arrecadados com os royalties do petróleo, oferecendo alimentação, práticas esportivas, acesso à cultura e ao ensino médio técnico integral em todo território nacional.
Análise da redação do aluno
O texto do estudante está bem escrito e estruturado. Mostrou bom domínio do tema, construindo bons argumentos. Além disso, o texto está coeso e o estudante apresenta bom domínio da norma culta.
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta: O estudante cometeu poucos erros e demonstra bom conhecimento da norma culta da língua.
[1] Utilizar a primeira letra maiúscula também na palavra “setor”.
Competência II – Compreender a proposta:
[2] Boa introdução. Apresentou a proposta e os argumentos que irão nortear a redação.
Competência III – Selecionar, relacionar argumentos: Os argumentos foram bem selecionados.
[3] Argumento retorna à introdução. Além disso, o posicionamento possui dados e fontes comprovatórias.
[5] Explicar, sucintamente, o que é o Terceiro Setor.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[4] Boa utilização de retomadas (pronomes e /ou conjunções).
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[6] Apresenta proposta de intervenção bem fundamentada e detalhada.
Nota: 920
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