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4 de outubro de 2016

TEMA DE REDAÇÃO

Nas eleições de 2 de outubro, mais de 140 milhões de brasileiros estavam aptos a votar. Nesse universo, um terço dos eleitores – pouco mais de 45 milhões de pessoas – é formado por jovens entre 16 e 33 anos. Para entender melhor a cabeça política da juventude brasileira, quais suas demandas e de que maneira ela pode influenciar na corrida eleitoral, uma pesquisa  realizada pelo Instituto Data Popular com 3.500 jovens do País. O levantamento revela, entre outros dados interessantes, que essa turma, por ser mais informada do que seus pais e levar dinheiro para dentro de casa, contribuindo para o aumento da renda, forma opinião, influencia no voto da família e pode até decidir a eleição. A pesquisa não questiona em quem eles votariam. Mas mais de 50% deles se encontram entre os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto. O discurso, porém, carrega um viés de oposição. Como na maioria da população brasileira, o desejo de mudança está impregnado em 63% deles, que acreditam que o Brasil não está no rumo certo. Apesar disso, 72% desses brasileiros que têm entre 16 e 33 anos consideram ter melhorado de vida. Mas a juventude indica querer mais. “Eles querem serviços públicos de mais qualidade, maior conectividade, acessos livres a banda larga e a tecnologia de ponta. E não abrem mão da manutenção do poder de compra”, afirma o autor do estudo, o publicitário Renato Meirelles, presidente do Data Popular.
O levantamento embute outros recados importantes à classe política. Ao mesmo tempo que 92% acreditam na própria capacidade de mudar o mundo, 70% botam fé de que o voto possa transformar o País e 80% reconhecem o papel determinante da política no cotidiano brasileiro, fatia expressiva dos jovens do Brasil (59%) acredita que o País estaria melhor se não houvesse partido político. Para os jovens, as agremiações partidárias e os governantes não falam a linguagem deles. “Os políticos são analógicos e a juventude digital”, atesta Renato Meirelles. Observador atento do cenário político e um dos maiores especialistas sobre o comportamento da juventude brasileira, Meirelles foi quem criou o verbete “Geração D” – de digital, numa alusão à juventude conectada.


Nascidos totalmente integrados à tecnologia digital, sob os ventos favoráveis da estabilidade econômica, da democracia e com menos privações que a geração anterior, esses jovens foram os grandes protagonistas das manifestações de junho de 2013, quando milhões de pessoas de todo o País foram às ruas para cobrar mudanças na política brasileira. De lá para cá, a onda de indignação, revolta e envolvimento dos jovens na vida política só cresceu. Chamados a dialogar, eles foram instados a ter opiniões. Não existe aí uma novidade. Os jovens sempre tiveram opiniões. Muitas opiniões, diga-se. A diferença crucial agora é que o que eles dizem tem muito mais peso. Eles são ouvidos e exercem influência sobre a família. “Hoje, as decisões familiares são totalmente compartilhadas. Inclusive as decisões políticas”, afirma a estudante Sâmia Vilela, 27 anos. A história de vida de Sâmia iguala-se à de milhões de jovens brasileiros que na última década deixaram para trás a pobreza, conseguiram estudar e abriram seu próprio negócio.
Em um texto dissertativo-argumentativo, tendo os textos de apoio como forma de argumentos, opine sobre a ascensão do jovem na política? Faça-o em 25 a 30 linhas. Dê um título ao seu texto.

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